Medo

É uma palavra pequena, só quatro letras, mas são quatro letras que englobam tanto e tanta coisa, que somam sentimentos e sentimentos.
Será que sentir medo revela que a pessoa é mais fraca? Não sei, mas muitas vezes sinto medo de situações tão diferentes, mas que me deixam com o coração a bater forte, forte! (Por vezes situações bizarras como um cão grande, preto, abandonado, que de um momento para o outro deixou de estar a dormir na relva e parecia que me ia atacar enquanto ladrava ferozmente!)

Gostava de ser como as heroínas da televisão, valente ao ponto de não pestanejar quando surge um desafio, de ser capaz de me impor e dominar aquela situação, de não tremer quando estou perante algo assustador...
Mas não ser a vilã... lutar pela justiça e viver no meio de acção, e... claro sair sempre viva do combate!

Mas o dia-a-dia não é assim, os medos do dia-a-dia não são ter uma arma apontada à cabeça, são outros que podem magoar mais, medo que algo aconteça, medo de perder alguém, de destruir um futuro, de desiludir as duas pessoas mais importantes nesta vida, sem as quais não seria ninguém e sem as quais não sei viver.

Medo? Sim, tenho medo do futuro, do avançar do tempo, dos anos, da idade...
Quero estar sempre aqui, não fugir de nenhum obstáculo, lutar contra tudo e todos como se não existisse amanhã, mas falta-me a coragem tanta vez.
Quero ser como a outra Eu que vive dentro de mim, no meu imaginário... quero!



(Nota: o graffiti foi inspirado num que existe de verdade)